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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Francisco Sanches








(1550 — 1622) 



Nasceu na região pertencente à diocese de Braga, Filho de pais conversos, em 25 de Julho de 1551, com menos um ano de idade é baptizado na fé católica na Igreja de São João do Souto da mesma cidade.
Com 12 anos saiu de Portugal e foi para Bordéus, onde se matriculou e frequentou o famoso colégio de Guiana, local de grande "efervescência" intelectual, em que influíam o Renascimento italiano e o reformismo religioso.
No ano de 1569 saiu de Bordéus e foi para Itália. Ali seguiu os estudos de medicina, aprendendo a investigar em cadáveres. Mais tarde, de novo em França, prosseguiu essa prática no hospital de Toulouse, onde foi director dos serviços médicos durante mais de trinta anos.
Em 1573 matriculou-se na Faculdade de Medicina de Montpellier e, dois anos depois, fixou residência em Toulouse, onde permaneceu até ao fim da vida, ensinando medicina, tendo sido considerado nesta universidade um dos mestres mais ilustres. Como homenagem póstuma foi colocado o seu retrato num dos ângulos da sala dos Actos e lá permanece. A cidade de Braga não o esqueceu, erigindo- lhe uma estátua e dando o seu nome a uma escola.









Autógrafo no Diploma da Universidade de Mompilher.



Para além de um excelente médico, Francisco Sanches foi também um importante filósofo: contestou a filosofia de Aristóteles e o pretenso saber da escolástica, mostrando o falível do testemunho dos sentidos, denunciando a ineficácia dos métodos tradicionais e tentou definir o seu próprio ideal de conhecimento.
A sua obra principal saiu na I edição (Lyon, 1581), com o título "Quod nihil scitur" (Que nada se sabe), mas a II edição (Frankfurt, 1618), trouxe o título mais condicente com o seu pensamento: "De multum nobili et prima universali scientia quod nihil scitur".
Além deste e de muitos outros trabalhos filosóficos, que constituem a magnífica "Opera médica".







Fontes: wwwbragablog.blogspot.pt/ wikipedia